26.8.08

ready set goteam! erasmus.

No ano passado foi assim:

És meu amigo(a)? Andas na FAUP? Estás a fazer Erasmus? Queres saber notícias dos teus amigos? Queres dar notícias a quem as quiser saber?Se respondeste sim a todas as perguntas, então o blog "Ideia Inteligente" é aquilo de que estavas à espera. Se achas que não és meu amigo, não faz mal... tenho muitos. Mas participa na mesma. Este blog é o sítio ideal para partilhares as novas experiências, mostrares fotografias (nudez masculina não permitida), ou apenas dares a conhecer o que te vai na cabeça.
Neste, será assim:

E quanto a isso, eu já disse que o que mais motiva a minha ida para a Austria, não é a faculdade; não é sequer a arquitectura; muito menos será a vida "académica" que lá se possa proporcionar, ou as viagens que est(ar)ão planeadas. Não é nem isso nem tão pouco a minha vontade de sair de cá. Neste momento, o principal motivo da minha ansiedade é "Só" e tão só (Obrigado, francisco.) a oportunidade que isso me dará de escrever num blog com esta imagem de prestígio e bom gosto na página de entrada.
:D

(os posts não andam muito arquitectónicos, é verdade... mas suspeito que o principal motivo se deverá ao facto de os 90% que já partiram estarem no Brasil.)

25.8.08

george orwell diaries.



Pela LER, soube que os diários de George Orwell estão a ser publicados aqui, diariamente.

24.8.08

controvérsia.


o criticado "mamarracho" (cá estão o rigor e a objectividade (disciplinar) na escolha criteriosa dos argumentos). os contornos (e conteúdo - nunca se sabe se estamos ou não a discutir arquitectura) do caso e do "debate" (ou ausência dele) não são claros.
entretanto, fervilha vida (e saúde) n'o despropósito. e sensatez no barriga.

23.8.08

some things cost more than you realise.



Porque os Radiohead são geniais. e esta é apenas uma das fortes razões que contribuem para tal facto.
Numa estética á semelhança de "mirrorcities"... aqui mirrorcultures, no dia de duas crianças (ou de um sapato).

22.8.08

tão grande.


Minha marta lagarta... és GRANDE. estou orgulhosa. de coração.
(A minha marta vai para os H&M... e, poderia apostar que, já não volta) :)
(Eu sei que o rosa é algo que te caracteriza.)

21.8.08

REDUX revisto.


Tenho andado um pouco distraída, mas já se encontra disponível há algum tempo a reprodução em vídeo (apesar de muito parcial, e da 3ª ser a única com um som inteligível - por coincidência, e certo azar, é a mesma única sessão a que assisti) de cada uma das 3 sessões do Porto REDUX: (Re)Habitar a Cidade.

Souto Moura diz que no que toca aos centros históricos, "há que investir com um certo pragmatismo", "criar facilidades", legislação e mecanismos para as pessoas investirem - "Nao podemos metê-lo em celofane, porque ele morre asfixiado"; e, no que diz respeito à periferia, dando o exemplo da sua colaboração na câmara da Maia, a necessidade de "qualificar como se fosse Florença".
Acrescenta ainda que o problema no Porto tem que ver com cultura, e os standards que a "classe média/alta" admite para si, os valores aos quais o poder económico dá importância. "O Porto não é culto. Gasta meio milhão de contos a fazer a casa Manoel de Oliveira e é tudo roubado, tudo destruido. Há uma cinemateca que investe, que participa; Manoel de Oliveira organizava ciclos sobre neo-realismo, cinema italiano: mostrava, comentava, viam-se os dele, e os dos outros.
E nao se diz “Nao há dinheiro”. Pergunta-se: “Quem é o Manoel de Oliveira?”.

Quando tocam na ferida, no assunto "motor" de todo estes debates, Miguel von Haffe Perez diz que o Mercado de Barcelona - usado muitas vezes como modelo para defender a "intocabilidade" (suspeito que esta palavra não existe) do Bolhão -, não pode ser aqui considerado pelo "espírito de merceeiro que domina a grande parte do médio-pequeno comércio da Baixa do Porto, em que "80% por cento das lojas expõe as mesmas camisas que não se vendem há 30 anos", nada equiparável ao nível de qualidade do serviço que o primeiro presta.

Highlight: o poder conceptual do discurso de Franscisco Barata: "
"O poder político tira muito partido destas contradiçoes/posições relativistas dentro da área disciplinar. Chama um que diz "assim", chama outro que diz "assado", chama um terceiro que diz "realmente é assim; pode ser tudo. vamos ver. vamos andando. depende e tal.".


Mais sobre a experiência Porto Redux:
- Redux: Alguns avisos politicamente (In)correctos; Nuno Portas.
- Debater criativamente a cidade; Nuno Grande.

19.8.08

há um ano foi assim.


(o video, produzido exactamente há um ano atrás, é o único "razoável" que consegui com a minha primária máquina fotográfica.)

As circunstancias do concerto em si não foram grande coisa. Inserido na "Foire aux Vins" em Colmar (cidade lindissima, que parece ter sido extraida do conto de Hansel e Gretel dos Grimm), - que para mim teria todo um imaginário vinícola, na Alsácia, mas que na verdade se revelou ser num pavilhão do género da FIL e da Exponor, no qual o público era maioritariamente composto por famílias cujo objectivo prioritário era a compra de colchões ortopédicos, panelas anti-aderentes, aspiradores a vapor, e jacuzzis - acabou mais por ser um pretexto para passar 1 semaninha entre Zurique e Basel, semana essa que se revelou o tempo suficiente para perceber que conseguiria viver lá sem medinhos.
Ver edificios dos H&M em todas as esquinas; andar a "rondar" aquele edifício de habitação estreito e um senhor reparar em mim da janela e mandar-me subir - um designer amigo do Herzog, que orgulhosamente me disse ter sido a primeira pessoa a mudar-se com a inicial intenção de lá montar o atelier mas que facil e rapidamente se apercebeu que tinha de ir para lá viver, acabando por montar o gabiente na antiga casa) - e logo de seguida me fazer uma visita guiada detalhada, explicando-me todas as intenções, preocupações no projecto. Até ali nunca tinha percebido que a fachada era modulada com as mesmas grelhas de drenagem de águas pluviais que se encontram por todas as ruas da cidade.


© the build up

o crime (nao) compensa.


©
A minha relação com os blockbusters divide-se em duas fases distintas, insoluveis. Em ambas coexiste o factor multa.
Uma primeira, em que procedia sempre, sem excepção, à sua liquidação. E uma outra (mais recente) (e pelos vistos globalizada) motivada pelas pessoas mais próximas que me olhavam com estranheza e diziam "margarida. ninguém paga multas". Tenho de admitir que o "quick drop" é para o efeito, a melhor invenção de sempre. (A segunda melhor invenção é os "torrents".) Porque uma vez (só dá mesmo para experimentar uma vez) entrando na clandestinidade, não há retorno (a menos que se espere que a burocracia se encarregue de fazer esgotar os vestígios do crime). Admito que a ultima multa de que me lembro (uns míseros 41€), é capaz de ter dado um empurraozinho de modo a que eu entrasse, desta forma descomplexada e tão descarada, na marginalidade.

Entretanto, voltando ao Porto, encontrei na caixa do correio (que raramente engole algo mais do que os catálogos das promoções do continente, Lidl, e o jornal afecto Dica da Semana) uma carta do blockbuster (que eu pensava ser uma especie de ultimato para liquidar a minha extensiva dívida) que prova que o crime compensa. De facto, e para surpresa minha, não só se esqueceram do meu acto, como me parece me considerarem uma cliente exemplar.
O objecto consiste num pedaço de papel dividido, através de 3 linhas transversais picotadas, em 4 vales.
1- Alugue 2 filmes e PAGUE APENAS 1.
2- 1 Aluguer GRATIS excepto estreias.

3- 5€ EM CONTA no aluguer de qualquer filme.
e a melhor, por último, porque na dúvida, o estômago é o último reduto dos mais cépticos:
4- 1 pacote de PIPOCAS GRATIS.

Tenho de admitir que me senti, primeiro, tentada, e logo depois, orgulhosa da minha lucidez e descrença no que diz respeito a actos altruístas no mundo capitalista. Que me lembre, porque tenho quase um doutoramento em "atrasos" blockbuster (na verdade, possuo um verdadeiro tratado em "atrasos" no geral), a quantia deveria andar pelos 50€ (contas minhas) (a mais grave que retenho na memória, se excluirmos aquela vez em que era tão tão alta que o Sr. só me cobrou metade), e esta oferta "só" me permitia poupar 13€ (contas deles). Associando a este facto a forte hipótese de este pedaço de papel aparentemente milagroso ser um pretexto envenenado, o mesmo está agora, com a aparência de uma esfera irregular, no cesto do lixo.

das noites.


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Leio até de manhã encaixado no sofá, com um copo de café frio ao lado. A madrugada avança, as pálpebras ficam pesadas. Adormeço muitas vezes ali, e acordo com a luz a entrar às riscas pelos estores. Também me acontece adormecer em frente à televisão, durante uma série ou um filme. Falo com amigos - uns longe, outros mais perto. Corro os livros nas estantes e faço planos para o que ler a seguir. Oiço música até tarde. Escrevo, releio, risco, amarroto folhas que depois deito fora. Fico de ouvido quase chegado à janela do quarto a ouvir os barulhos inexistentes da minha rua às cinco da manhã. Penso em ti.
Maiúsculas


Qualquer dia crio uma etiqueta só para te citar, tal é o desejo dificilmente reprimível de me apropriar das tuas Palavras (com P maiúsculo, pois) simples. Esta é a segunda vez que o faço. À terceira é de vez.

mudanças.


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Descobri que isto de ser a pessoa mais inconsistente a postar, tem mais a ver com as condições técnicas e de logística, do que propriamente com a minha disposição natural para o fazer (como seria de esperar) - que a segunda é directamente influenciada pela primeira. Isto de ter de ir para Viana nas férias, e no pouco tempo que estou em casa (sem Wireless), ter de partilhar um PC do século passado e ter de geri-lo com a família inteira, faz com que a utilização do mesmo se resuma ao estritamente vital e necessário. E-mail e pouco mais. (para além disso, descobri que no windows, com o internet explorer (na versão lá de casa), o layout do blog (talvez as formatação das letras, dos espaçamentos) não fica tão bonito (whatever.). )
E tirei essa conclusão agora, que estou ligada, sem quase dar por isso, há horas, em minha casa no Porto, com o computador no colo, café já frio ao lado e porta aberta para a varanda.

Tenho de esvaziar esta casa no prazo de 2, 3 dias. A mesma desde o primeiro ano em que me mudei para cá, e de certa forma, é estranho (porque é já indissociável do meu imaginário associado a estes 4 anos) pensar que quando voltar já não é minha, que o meu mapa mental do Porto terá de adoptar novos círculos, novas geometrias (cujo centro, em príncipio, será coincidente com o centro físico da cidade). Entretanto, começo a empacotar objectos e apercebo-me que há imensas coisas, livros, que trouxe na esperança de serem necessários, e nos quais nem sequer toquei. Dezenas e dezenas de CD's que a partir do momento em que adquiri computador se tornaram em algo obsoleto, quase museológico, e aos quais só é dada atenção nas (poucas) vezes em que me lembrava de lhes sacudir o pó. O placar de fotografias que nunca se renovou, porque entretanto começaram a ser digitais, e deixei de as imprimir.
Reencontrar os apontamentos de Antropologia do Espaço do 1º ano, exercícios de Desenho, o "da Organização do Espaço" do arq. Távora: primeiro livro que comprei - "formas deverão resultar de um equilíbrio sábio entre a sua visão pessoal e a circunstância que o envolve e para tanto deverá ele conhecê-la intensamente, tão intensamente que conhecer e ser se confundem...", maquetes de estudo antigas... é ao mesmo tempo revisitar momentos, alguns já tão longínquos, de uma nova vida.
(É impressionante a quantidade de coisas que uma pessoa transporta consigo. Quanto mais deito fora e guardo em caixas e sacos, mais todo o espólio se multiplica.)
Só agora me apercebo que daqui a 2 semanas já cá não estou. Só agora começo a cair em mim, e admitir que é mesmo verdade: o ano que vou estar fora. as pessoas que vão faltar: as que já foram, as que ficam. o Porto (simultaneamente único e múltiplo). a faup. o mar. o mar.

humor olímpico.

Não percebo e não aprecio especialmente este declínio do humor. Parece que ninguém percebe uma piada.
Já nem falo do estigma em que se tornou Marco Fortes, depois de uma declaração que não passou de um toque de humor nervoso de defesa (defesa, diferente de desculpa), e que agora é repetida intensivamente de forma descontextualizada em todos os meios de comunicação social, levando a que não exista um único comentador "desportivo" que não critique a sua "falta de ambição" e profissionalismo.

Mas ouvi agora numa reportagem da Sic Notícias (mesmo antes da rubrica em que o jornalista sublinha com aqueles marcadores horrorosos os destaques dos jornais), uma verdadeira pérola de uma habitante de Perosinho, que passou totalmente incólume:

- O que acha de Vanessa?
- Olhe, filho, raramente a vemos. Quando vem cá é sempre só de passagem. A correr. Mas é uma rapariga muito humilde.

eu sou mais café.


©
A minha mariana já entrou há uma semana no mundo carioca (a joana no escandinavo, o miguel no chileno). Nós assistimos de fora... e eu, que ainda não iniciei sequer a minha aventura (14 dias. 14 dias), assisto com especial excitação e progressivo nervosismo.

As primeiras impressões - Rio de Janeiro: Modo de usar.

16.8.08

mercedes helnwein.




"Helnwein's drawings have been described as "photo-realistic," "lucid fairy-tales," "strikingly bizarre," "haunting," "southern Gothic," "evocative" and "unexpected." Her self-portraits have been compared to Cindy Sherman and her sense of quiet drama to Alfred Hitchcock and Edgar Allen Poe."
Anthem Magazine
Eu acrescentaria mais.

baby. don't go.

A minha Joaninha já se foi.




"Oh OSLO" It's just a matter of point of view. :)





(Vais deixar) Saudade.

14.8.08

What is It?


foto

O Sudoeste pode ser muita, tanta coisa que cada um pode ter a sua própria definição.
(este ano descobri a praia da amália. é Linda... estacionas o carro ao lado de uma plantação de morangos (o nuno disse que eram "girassois bebes" porque para se lá chegar tem de se cortar a estrada numa placa com formato de "girassol", que na verdade, é um malmequer. e depois andas imenso imenso num trilho ao lado de um rio, coberto de vegetação, até que sem esperar se abre de repente, e vês a falésia toda, a praia lá em baixo, e o rio em cascata).
mas sei o que o Sudoeste não é. um festival de música não é de certeza.

gosto muito.

bi or que! BI OR QUE! bi or que!
ahah Só para dizer que gosto muito. :)

Bjork é para o mundo.
Porque para os amigos de Portugal (eu apostava em Famalicao) é simplesmente BIORQUE.

Who Is It?



BJORK.
Concerto de uma vida. Bjork é perfeita em tudo o que faz. A cada album cria um conceito novo - visual, sonoro - e tem conseguido evoluir, reinventar-se, sempre, com um grau de qualidade irrepreensível. O espectáculo é um todo, e cada detalhe é pensado ao pormenor (ou cada pormenor é pensado ao detalhe. ou talvez isto não passe de uma redundância) e se com cordas, Bjork era sublime... com os sopros é avassaladora.

Wonderbrass - "os amigos da biorque" -, na Anchor Song... fazem-na abrir o vestidão de pássaro em gesto de agradecimento e em Declare of Independence... confirma-se todo o poder que tem em mãos. :)

M(ais)U(mas)N(oites)D(e)O(cio)

Estou de férias. O blog, por simpatia, também.
Passou-se, passa-se e continuará a passar-se muita imensa coisa. (Bjork bjork bjork)
E se há que actualizar (porque há, sim senhora, e esta blogo-letargia causa-me alguma dor no coração), é de esperar que o conteúdo seja do mais actual possível. :)

Para além disso, é bom ver que Viana tem alguma vida para além das farturas cheias de emigrantes das festas da Sra. da Agonia.

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