25.9.08

french humor in GrAZ.


Saímos para jantar. Eu levo o meu vestido.
Pessoa francesa diz-me, em inglês, mas com um sotaque totalmente reconhecível:
- Margarida, you have the perfect French Style.
- Really?!
- Ya, of course. Maybe from 50 years ago.
Riu-se deliciosamente. Eu sorri. Tomei como um elogio.

23.9.08

bolha kunsthaus.


A pedido de várias famílias (mais especialmente da "TeamVI"), publico aqui a minha abordagem fotográfica ao "kunsthaus" do Peter Cook. (a minha mariana que, apesar de estar no Brasil e ir á praia todos os dias enquanto eu aqui estalo os ossos, é um amor de pessoa, tem uma certa obsessão com os Archigram, e com este "bicho" (palavras dela) em especial)
Apesar do que seria de esperar, não choca. Assume-se, na versão icónica, como um corpo "estranho" a uma envolvente e cidade que é coesa e sólida - gosto particularmente como se tenta mimetizar (o modo como um corpo superior elevado que sai da "bolha" respeita o alinhamento da rua (e é na verdade o único elemento que se vê do outro lado do rio sobre a vegetação), e tenta tocar o edifício que neutraliza o alçado lateral), e depois é um imenso devaneio insuflado para encher o quarteirão.
No entanto, o embasamento tardoz é feio que dói, apesar de ser interessante a forma como reflecte os edifícios envolventes, e o pavimento interior do Hall é um imenso riscado autocolante infeliz.















Todos os sábados, rende-se às noites de salsa e (dizem que) é assim. :)




© the build up

21.9.08

amanhã será assim.


©

Plano Domingueiro:
Sair de Graz pela manhã. Andar de carro cerca de 1h em direcção ás montanhas.
Estacionar. De mochila às costas subir até ao topo... para depois, ao anoitecer, voltar. :)

PlanoB:
Afinal... acho que está a nevar imenso, com espaçadas ameaçadas de chuva... e eu, simplesmente, não tenho roupa que acompanhe o andamento. Portanto, já que acordei num domingo de manhã, com um duplamente inesperado (o ser manhã, e domingo) bom humor... acho que o Plano B (ahhhh... o PLano B), vai mesmo sair de casa, e fazer um mini-passeio até á montanha cá de casa - Schlossberg) - que, porque tem elevador, nem é assim tão cansativo. :)

17.9.08

é assim.


©the build up
A cidade é mesmo bonita. Pequena, embora não suficientemente pequena, de modo a permitir grande diversidade, o mais acessível possível. É compacta... e bem tratada; resultando numa vivênvia muito mais intensa do espaço público. (Não consigo perceber se é esta a razão que leva a que as pessoas tirem muito mais partido da rua - sendo rara a que não inclui esplanadas - ou se é uma questão cultural, mas acredito que estas coisas andam sempre interligadas). Um exemplo muito comum nas ruas principais, é a existência de pequenas passagens para o interior dos quarteirões, onde se multiplicam pequenos espaços de comércio, que à noite se transformam em espaços privados com bares e restaurantes. Outro aspecto que (penso que) daqui resulta... é a segurança que se sente na rua. (Posso atravessar a cidade inteira a pé (aprox. 1h, que de bicicleta se vê reduzida para 15/20min), sozinha ou acompanhada, sem me sentir uma única vez "ameaçada".
Posto isto, o meio de transporte privilegiado é, obviamente, a bicicleta - e todo o desenho viário é pensado de modo a integrá-lo - com vias e semáforos próprios, e quando não é possível, passeios desnivelados. Sou capaz de afirmar que apenas uma pequena percentagem das pessoas - independentemente de qualquer idade - anda a pé. (Obviamente, segui a maré e já comprei a minha... Poupam-s os 1.80€ do bilhete, embora não se poupem as pernas (o que vendo bem, até é bom) :) e chega-se facilmente a todo lado.

Relativamente aos preços,... ando em contenção no que toca ao café (que ronda os 2€, chegando a 3€ se incluir Leite - facto que me leva a invariavelmente dirigir as máquinas automáticas, onde consigo fazê-lo a um custo menor - mas se a primeira opção me afecta o bolso, a segunda doi-me no coração. Sem dúvida que o custo de vida é muito superior - quase todos os produtos, à excepção do supermercado - rondam o dobro (senão o triplo) do preço; e tenho de fazer um esforço enorme para tentar controlar o que gasto.

De qualquer modo, o curso de língua vai ajudando a conhecer (pessoas e) os meandros deste dialecto (que continua, apesar de ter algumas noções, a ser estranho), mas a verdade é que qualquer gesto que implique ler alemão (não tanto falar, porque qualquer pessoa sabe inglês) pode ser um desafio. (Conto 3 as vezes em que comprei àgua com gas no supermercado, ou mesmo cerveja sem alcool, por não perceber o rótulo.)
As pessoas variam entre o prestável, o simpático, e o "frio". (Esta semana, no curso - que me faz sentir como se tivesse voltado á escola primária (aprender a soletrar o alfabeto, a escrever os números, e textos sem qualquer conector entre frases) - tivemos de ir, com um guia de perguntas, para o mercado de rua que se instala todas as manhãs na Kaiser-Joseh-Platz. :) Para quem vem do Porto, foi sem dúvida um choque cultural: as pessoas são prestáveis e profissionais... mas não muito calorosas. Para além disso, também não são muito expansivas. (No outro dia foi o jogo da Austria contra a França (acho eu)...e embora estivessem a ganhar (o que é raro), não se via a "turbulência" que se esperaria, por exemplo, em Portugal.


P.S. Entretanto, percebi que, apesar de vir sozinha, somos 6 portugueses, dos quais 5 são de arquitectura, e 1 de engenharia civil. :)
Apercebi-me também que a moda aqui na Austria é pintar o cabelo com o máximo de cores diferentes.
E que, para além de serem dezenas as qualidades de cerveja que produzem e dispoem nos bares, nenhuma supera a portuguesa.