30.5.10
the pigeon project.
The Brooklyn Pigeon Project is an experiment in developing a satellite that records the city as seen by a flock of birds. Working with seasoned bird flyers, trained pigeons that fly in regular spiral patterns over Brooklyn are equipped with wireless video and microphones. Their flight paths capture unconventional portraits both of the city below and of flock motions. This unique way to see Brooklyn contrasts directly with the way the city is increasingly recorded and represented today. The advent of GIS and the rise of network protocols have placed virtually all urban imaging and remote sensing systems “on the grid.” Using a flock of birds as one component of an imaging apparatus, this project confronts the limits of this grid by creating an equally rich disclosure of the city: seeing the city as a flock does.
terraswarm, aranda/lasch, 2004
(clicar nas imagens para alta definição)
26.5.10
18.5.10
o mundo é algo irónico.
Há umas semanas, pedi à mariana a fórmula pessoal secreta - espécie de "emotional support"-versão-receita-caseira - para usar em meu benefício. Não resultou. Depois do algo traumático insucesso, e a receio de algum prestígio um tanto danificado, ela pôs-se a caminho para me fazer a demonstração.
Willkommen.
vamos à profundeza do meu ser no dia 22 de junho.
16.5.10
tinha tudo para ser uma história de amor. IV
©mario bismarck
Eu e o desenho temos uma relação muito instável, mas recíproca e fiel. Temos ambos a sorte de ele não ser algo pesado para mim, nem eu ser algo de demasiado para ele. Quando me esqueço dele, parece-me responder da mesma forma, facilmente, rapidamente. (ainda que confesse quebrar mais facilmente este promissor equilíbrio quando assumo ser a primeira parte a lamentar tal condição). De qualquer forma, quando o resgato e lhe dedico uns minutos, como hoje, ele consome e preenche-me totalmente as horas, que com esta chuva agressiva, demorariam uma eternidade a superar.
a viagem é um gigante mundo metafórico.
©
"De um modo geral fazemos viagens a lugares que já conhecemos de livros, do cinema, da televisão. Perseguimos imagens, com a esperança de encontrar a sua veracidade. Por vezes somos surpreendidos, mas raramente a memória não se esbate novamente nas imagens que coleccionámos.
Nesta viagem procura-se um lugar de onde não se tenham nem imagens nem expectativas. Confesso não poder garantir que esta viagem venha a ser útil enquanto instrumento de formação do arquitecto. Pode até não ter arquitectura. Mas, de tempos a tempos, o olhar procura no que é vulgar e banal a lição de séculos. Mais do que entusiasmo por conhecer, persiste a necessidade de contrariar o conforto do que chamamos "casa" e "identidade". Poderiam ser todos os outros lugares, para lá da língua, do nosso folclore, para lá do roamming...
Representa o que as viagens planeadas perderam: um pretexto, uma deriva, um acaso. Na ideia arrogante de um mundo globalizado cria-se a ilusão de proximidade, de compreensão do "outro". Por isso não prometo trazer fotografias. Não trazer imagens que invalidem outras viagens com a mesma ambição de descoberta. Não invalidar o quotidiano secreto que se esconde por detrás.
Se resistir a expor uma imagem provarei (contra Marc Augé e o livro L'Impossible Voyage) que as viagens ainda fazem sentido."
fragmentos de "Destino Tavora", um dos "Projectos Específicos para um cliente genérico", por Pedro Bandeira
15.5.10
tinha tudo para ser uma história de amor. III
©
"Romantismo é uma questão de rompimento entre a imagem e a possibilidade de a pensar enquanto imagem de uma realidade potencialmente existente ou potencialmente exequível. Toda a imagem de uma coisa que reconhecemos mas sabemos não existir e não poder exister é uma imagem romântica."
Paulo varela gomes
Resumindo, não é só a minha tese que está numa fase de crise existencial.
tinha tudo para ser uma história de amor. II
Um dia acreditámos que adoptaríamos a arquitectura como um "modo de vida", a "Arquitectura" que não raras vezes nos emocionava de um modo completo. Acreditámos também que o seu impacto potencial teria em nós ou nos outros um efeito construtor ou, não querendo ser tão melodramática, algo de, pelo menos, regenerador. Na faculdade vemos em espelho (aquele heterotópico) depois apercebemo-nos que a imagem que o espelho nos devolve é a sua inversão, e afinal de contas, tudo é muito relativo, fechado em si próprio, quase insignificante na influência que poderia ter nesta complexidade do nosso universo comum - aquela crença no possuirmos ou criarmos uma "significação do mundo" tão limitada e reduzida.
Resumindo, a minha tese está a passar por uma fase complicada da sua vida.
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