22.8.09

padrões poéticos.




"...a voz é outro corpo. É como outro corpo dentro do corpo e, para mim, a ser explorado como o resto do corpo... As palavras têm esta coisa muito curiosa porque são som e sentido ao mesmo tempo. E uma pessoa tanto pode explorar só o seu lado de sentido como pode só explorar o seu lado de som, como pode estar ali a jogar entre os dois. e esse jogo entre os dois é um mundo infindável. É algo que uma pessoa pode não fazer mais nada na vida, senao estar ali a explorar, que é o que faz um poeta... só que pôr a poesia na voz, ter essa cadência no corpo, é uma coisa muito fascinante. Interessa-me usar todos os meios que tem uma performance, na história da tal multiplicidade ser potência..."
(vera mantero, revista nexus:00, 2007 )

2 comentários:

  1. curiosamente sempre achei que a voz não 'nos' pertencesse na totalidade.

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  2. ó maria. isso são coisas inventadas pela tua cabecinha. :) depende se o que consideras "pertencer" é uma metáfora para a racionalização que fazes ou não qd a usas. a anne halprin dizia que havia duas formas de usar o corpo. ou é controlado pelo teu cérebro, ou é o oposto, e ele ganha um comportamento próprio, mais livre e sensitivo. mas isto é só a teoria dela.

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