27.2.08

"pick" one and run.


*

*
**

Amanha é a sessão de esclarecimento sobre o Erasmus - assunto porque todos esperamos desde o início, e que esgota até à exaustao as nossas conversas, durante os últimos dias.
As vagas chegam para todos, mas cada sítio só comporta 2, 3... ou 1; e a colocação é decidida pela média de projecto, o que torna quase impossível compatibilizar as opções de todos.

No que a mim diz respeito, algo me diz que vou para o Norte..... :)
A escolha é, em tudo, dirigida pela intuição, uma vez excluídos países que não me motivam: Chile, Argentina, Brasil - demasiado hard core para uma pessoa que quer ficar na Europa -; e Itália - pela não muito boa imagem que tenho do ensino, do qual o mais directo reflexo são os Eramus italianos que cá chegam. Parece-me demasiado teórico, talvez motivado pela parca existência de exemplos de arquitectura "contemporânea" - pelo legado arquitectónico e histórico, as intervenções em Itália são mais centradas na preservação e "recuperação" do património existente, contrariamente ao exemplo das cidades do Norte da Europa, que só muito tarde viram necessidade de expansão - embora a faup seja notória e evidentemente "moderna", e por isso , (como dizem), muitas vezes "castradora", ou "não tão aberta".
Apesar disso, consigo identificar-me bastante, e sentir que - com, todavia, bastantes falhas : das quais uma falta de crítica "com um motor dinâmico" e de um posicionamento perante o que se passa, ao nível de arquitectura ("lá fora" ou não) - sendo resultado mais visível disto o plano de estudos que, praticamente, não evoluiu(!) -, é um ensino com qualidade, e com princípios de orientação muito bem definidos; com um método que, pelo menos, comigo resulta. (porque só uma vez conhecidas as bases e percebendo o que está em questão, podemos criticar) Acredito que se há pessoas que se sentem ou dizem "formatadas", é porque se deixam formatar. ("estilo ortogonal", francisco?!)
Na verdade, o ideal será ter um equilíbrio, entre uma escola exigente, que permita aprender, mas que não seja demasiado "faup", para permitir ter uma vida para além disso. :)

Berlim vs. Copenhaga. - a principal dúvida.
Berlim seria o ideal, mas Copenhaga está ali na charneira, debruçada sobre a Escandinávia.
Se pela língua, a segunda ganha pontos a favor, porque praticamente toda a população fala inglês.... por outro lado, não há protocolo, e seria eu quem teria de se "chegar á frente" e entrar em contacto com a faculdade, para aceitar a minha candidatura e arranjar um aluno para permutar comigo. (isto quer também, obviamente, dizer que não há financiamento; e Dinamarca é um país assim...... caro.) Quanto a primeira... soube no desenrolar dos
ultimos dias que, a corrida ao "posto" está mais renhida que nunca.

Amanhã seguir-se-ão desenvolvimentos sobre o caso....
No que me diz respeito.... Estou preparada para o frio e para as não muitas horas de Sol. (Quanto a esta última questão, o meu organismo está já habituado) :)

10 comentários:

  1. agora percebo esse teu horario desregulado... ja vinhas a preparar a tua ida po norte. SE EM VEZ DISSO TIVESSES IDO TIRAR UM CURSOZITO DE ALEMAO!!!... hm... eu acho que copenhaga era bonito de ires... amanha passamos na sra. de erasmus sem falta... queria saber ja na sexta para onde é q vamos. detesto a espera...



    no entanto, o que interessa é que vamos, e... para onde quer que seja: vai ser brutal. :)

    ResponderEliminar
  2. Copenhaga parece bem mais interessante... mas isto é so a minha aversão a Berlim a falar!
    Já agora.. mesmo que nao consigas nenhuma dessas, recomendo que vás para qualquer sítio mesmo que não seja "perfeito" e até que possas eventualmente 1 ano. É que sair deste país vale sempre a pena!

    ResponderEliminar
  3. tenh de ir um ano... mesmo que, num acto de loucura, não quisesse. :)

    ResponderEliminar
  4. Deixaste logo de parte os meus países de eleição: Chile e Argentina... Patagónia, ah Patagónia... Casava-me com uma Patagónia.. lol

    ResponderEliminar
  5. maggie... eu não disse "estilo ortogonal"... falei em ortogonalidade... só... bem, devias ter ido à aula de espaços hoje.. foi perfeita.. será hoje que coloco um post a publicitar este fabuloso blog?

    ResponderEliminar
  6. O facto de seres tu a "chegar-te à frente" é muito complicado (por amigos meus que o tentaram). Berlim é feia e fala-se alemão. Não percebo qual a aversão por Itália - tenho muitas boas referências de alunos de arquitectura que foram para lá estudar (Veneza).

    Beijinhos!
    Dudas

    ResponderEliminar
  7. Falo em espanhol com Deus, em italiano com as mulheres, em francês com os homens e em alemão com meus cavalos

    (Carlos V).

    ResponderEliminar
  8. ó Dudas DAniel... :) Não é aversão... a verdade é que é inegável que lá os cursos são demasiado teóricos,.. e apenas estava a seguir um raciocinio que me permitisse criar um critério de selecção.
    Mas é um facto que a minha opiniao se confirmou quando, depois de pedir a um italiano da minha turma que me orientasse pelas escolas italianas, ele me disse.. "esta esquece, esta tb.. esta tb.." até que de 14, ficaram 3: Veneza, Roma (Tre e Sapienza) e Ferrara. E reforçou sempre.. que eram optimas e exigentes em História (teoria).
    :) o que, para ti... foi perfeito.
    * (andas onde?)

    ResponderEliminar
  9. Veneza seria uma boa opção (segundo o que me contaram)... Não te esqueças (o que tb funcionou no meu caso) que o Erasmus não é apenas enriquecimento pessoal/profissional/académico. Como todos sabemos, o que "está no papel" tem, por este cantinho da Europa, um grande peso. O facto de tirar numa "università" conceituada (nem que seja de nome) como a de Veneza será extremamente respeitado para quem olhe para o teu "papelzinho" (sem contar o factor Itália - vivências: por muito que seja o centro da "teoria", é a base de tudo ao que chegamos hoje (arq.). Não se pode fugir a isso e não se pode assimilar em livros. Mais: Veneza seria um excelente ponto de partida para várias viagens extra-Itália que enriqueceriam (certamente) o teu olhar crítico em relação à arquitectura/arte em geral (falo de Aústria e afins).

    Veneza é Veneza, e quando falamos dela vem-nos logo à cabeça as gôndolas e as flamejantes casas banhadas pelos canais. Não - como deves saber a Faculdade fica fora de desse "mundo encenado". E como nesse mundo encenado não se pode construir, a Veneza "contemporânea" tem sido alvo de uma grande expansão no que respeita as novas tendências da arquitectura.

    Certamente há que pesar vários factores e não centrar-se apenas no enriquecimento a nível de plano de estudos ou "where the future of the architecture is". O país, a universidade, a língua (saber uma língua nova abre sempre uam frincha de cada porta... com certeza que não vais aprender dinamarquês (?)), as possibilidades de viagens, o plano curriular (claro está) mas sobretudo, escolhe o sítio onde poderás cultivar o teu olhar (que não é o mesmo que ver) crítico. Tudo o que assimiles, transformar-se-á em conhecimento e, posteriormente, em palavras que convencerão terceiros.

    Dear Magui Hungary, certamente seria melhor não te deixares influenciar pela opinião de "um italiano". Não sei dos teus gostos, sonhos ou vontades há algum tempo (tinhamos quê, 16 anos?) mas posso sugerir-te humildemente para esqueceres Dinamarca e Alemanha.

    Nas faculdades italianas também podes optar por todas as cadeiras fora do curso de arquitectura (eu fiz uma que traduzida à letra seria História da Ópera. Teórica? Nada. Exame final: ouvir peças e identificar vários factores). As cadeiras de Cinema recorriam todas ao visionamento de filmes (até Tarantino). Teatro, idem. Fotografia, idem.

    Mais: Veneza fica perto de Granz e Vienna (e os comboios são muito baratos - mais do que fazer porto-lisboa). Se queres tudo o que tens direito, vai para Veneza!

    Espero ter-te confundido um pouco mais do que já estás;)

    Eu voltei para o Porto e estou a trabalhar para o Centro de Estudos de Teatro da FLUL. Divido-me entre o norte e a capital...

    Bjinhos Magui!!

    Dudas Daniel

    ResponderEliminar