8.4.08

"custo de oportunidade"




" da conversa, ao balcão, já noite dentro, saiu uma conclusão simples:
na nossa geração a facilidade de acesso a mais pessoas, mais amizades, sitios e momentos, no fundo, o acesso a mais escolhas, implica uma necessidade de estar constantemente a optar entre pessoas: estar com alguém, implica, muitas vezes, deixar de estar com outras pessoas (porque há mundos diferentes, horários trocados e posturas incompatíveis).
assim, sendo muito pragmático e muito pouco romântico,
o que nos leva a optar por alguém é o seu custo de oportunidade.
no fundo, é porque, além do sentimento, essa pessoa dá-nos mais do que tudo o resto que poderíamos fazer, viver e sentir noutro local, com outras pessoas, naquele exacto momento.
e o mais ingrato - e duro - desta forma de viver é o facto de acabarmos por estar permanentemente a cobrar aquilo que deixamos de fazer para estar com quem escolhemos. e ingrato também, quando só uma pessoa tem de concorrer com todos os outros pedaços de céu de quem prescindimos.
mas, por estar sempre em exame, é muito mais sincera e pura, a opção por alguém.
porque todos os dias ficamos a saber o quanto somos para quem nos acompanha.
por muito mal que pareça dizer, são mais sinceros, o amor e a amizade, quando são racionais.
e feitos de opções de valor. valor relativo, e não absoluto. "
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