16.4.08

demiurgo é o senhor.


*des murs, bouroullec

Medo. Acordo com uma chamada do gabinete de relações internacionais da faup, a dizer. "margarida?! temos um problema.. parece que a sua candidatura á TUgraz veio para trás".....Ao mesmo tempo que ela dizia "recebemos uma notificação de graz ... e parece que o seu email está incorrecto" eu já não ouvia nada, e só me estava a ver a ficar por cá no 5º ano, nada de viagens, nada de erasmus, nada de Austria, nada de Europa.
Entretanto, e quando decidi passar pelo gabinete depois de ter respondido com um "Estou a ir para aí" sem se quer perceber o que me estavam a explicar, peguei numa revista qualquer "académica" (uporto alumni), enquanto esperava que a miuda que lá estava dentro acabasse de relatar uma história qualquer (algo qualquer interminável que tinha qualquer coisa a ver com uma qualquer embaixada...) e li este pequeno "texto/comentario/excerto"(?) - numa rúbrica que se intitula "Alma Mater - Um excesso de Siza" - parvo como tudo, que transcrevo, na íntegra.

"Em cima dos estiradores repousam plantas ou simples esquissos de projectos que, na esmagadora maioria das vezes, se quedam pela simples condição de exercícios académicos. a arquitectura é assim: oscila entre a especulação da própria arte e o pragmatismo da construção. Como demiurgos, os estudantes da FAUP tentam dar um princípio organizador aos seus pequenos mundos. O traço é ainda periclitante como o voo inaugural das aves, mas no papel desfilam já as primieras propostas de ocupação do espaço e de definição de um tempo. Neste tumulto criativo, o edifício da FAUP insinua-se com a lascívia de uma musa. a obra de Álvaro Siza Vieira abre-se em luz coada e faz soltar a geometria dos objectos, lembrando aos estudantes que a arquitectura resulta da tensão entre a estética e a funcionalidade. Nas salas, corredores e biblioteca da "mais bela escola do mundo", como lhe chamou o arquitecto Alexandre Alves Costa, acontece o excesso. Esse tanto, esse imenso tanto que só os mestres conseguem emprestar as suas obras."

Eu só posso dizer ao senhor "Ricardo Miguel Gomes" que esta tanta, esta imensa tanta loquacidade (hã?!que tal?) oscila (ou voa, periclitantemente) entre o vago circunlóquio (cá está.) e o patético. Também acho que não é de bom tom os edifícios da FAUP de luz coada desfilarem com a lascívia de uma musa, perante construtores de pequenos mundos que se esforçam por definir o tempo.
Para além disso, demiurgo não é coisa que se chame a uma pessoa.

4 comentários:

  1. ...p�..sabes o que te digo..?�s uma demiurga margarida...(se esta pegasse � que era giro)....

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  2. Colocando de lado o excessivo rendilhado propositado do artigo, classifico o mesmo de ridículo. Tão simples como isso.

    Bjs Maguida

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