2.6.08

corpos dissidentes.




"Os corpos dissidentes da peça dos Nut passam uma hora a construir, a desconstruir e a reconstruir a identidade neste universo em que "somos cada vez mais menos organismo e mais máquina"". (Público)

Da mesma companhia de "4.48 Psicose" (da dramaturga britânica Sarah Kane) (e a apresentar dia 6 de Junho), amanhã no TeCA, no âmbito do FITEI, a peça "Corpos dissidentes", - dos Nut teatro, uma companhia nova galega composta apenas por mulheres.
Segundo, Carlos Neira, o director artístico, "o olhar feminino é totalmente um outro espaço de intervenção", "com mulheres os resultados são sempre mais arriscados, são sempre mais directos (...) o trabalho que fazemos não é feminista, mas é feminino. (...) Não no sentido de termos preocupações, mas de termos ocupações: ocupamo-nos do feminino".

"Corpos dissidentes" é sobretudo, uma luta entre a simultânea permanência e obsolescência do corpo enquanto identidade - porque cada vez mais tudo é virtual, e cada vez mais, por outro lado, quase tudo é investido na imagem. Entre o dispensável, e o imprescindível, a evolução é extremada nos dois sentidos, cada vez mais opostos, mas implacáveis na sua coexistência.


O Festival prolonga-se até dia 8 de Junho, e promete trazer ao Porto - algumas salas e praças - daquilo que mais experimental se vai expressando na cena de teatro performativo da Península Ibérica.
Programa completo aqui.

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